Uma morte real no mundo da fantasia (Mais um desabafo)

Sou pai de dois meninos, Lucas e Levy, com 9 e 4 anos respectivamente. O motivo destas mal escritas linhas, é tornar publica minha indignação com este poder publico que sobrevive de imagens, e minha solidariedade com os pais do menino Fábio de Souza, morto por falta de atenção do poder publico. Fábio, lutou por 14 anos contra o câncer, passou por dois transplantes, até que sucumbiu por falta de um tubo de oxigênio, responsabilidade dos Governos, conforme determinação da Justiça. O aluguel do tal aparelho custaria para o poder político a fortuna de R$520,00, porém o jogo de empurras e a demora por um direito constitucional, vitimaram o guerreiro Fábio e nos deixou órfãos.

Confesso que fui mais um que acreditou nas mudanças de base propostas pelo, antigo, PT. Chorei quando vi, pela televisão, o Presidente Lula tomar posse em 2002. Também confesso que acreditei no jovem político, Sérgio Cabral, e suas propostas "de uma nova política no estado" e agora convivo com o arrependimento de ver a verdadeira, e fria imagem, com a morte desta criança. Face que se desnuda em cada fila de hospital, em cada viela de comunidade e em cada lar de um desempregado. Face que mostra o joguete político que fabrica números, mas não valoriza gente. Face que é maquiada em sorrisos, abraços e acordos.

Sabe, se o Fábio tivesse sido atendido num dos UPAs do programa político, ou mesmo recebesse um abraço solidário de um presidente, governador ou prefeito com a certeza de ter um dos seus direitos Constitucionais respeitados, talvez a história fosse outra. Porém aqui, no mundo real a coisa é diferente e casos como o dele (Fábio) infelizmente, não fazem parte do roteiro do show.