SOLO contracenando com "Um "de Calliópe
Achatado pelos fatos...
Brotam do alto, caem como objetos
Num febril delírio crescente.
Algazarra de vozes enlouquecidas
Rodopio... 270º
Voz embargada, garganta inflada
Tateio no ar as sombras passantes
Devanessentes expectativas
Diluídas no ar. Arquejo!
Componho um mosaico com os pedaços de mim
Destroços jogados da minha carne esfacelada
Refaço-me em mil novos corpos, em cada pedaço
Em mil novos sonhos iluminados e festivos
Como um cristal curando-se aos seus fragmentos.
Lucidez! Cores do prisma devidamente retinadas
Leio em cada pedaço de carne os versos na pele
Aprendo nas entrelinhas os pensares ali contidos
E nas linhas, refaço-me em novo repertório e metas.
Levanto-me num salto, súbito tomo as rédeas de mim
Sou agora o homem sobre um cavalo, sou o cavalo
Empunho um cristal flamejante como um raio nas mãos
Tomo a lucidez como manto... E vou matar um leão por dia.
Alimentar-se do Leão, tornar-se ele...Sou o Leão da Tribo!