Te amo muito!
Meu amor, espero pelo tempo em que eu lépida, fitarei seus belos olhos,
E refletirei numa vitória alcançada, em uma vida feliz, serás diferente de hoje.
Quimera, utopia, fantasia...
Hoje me encontro aqui taciturna, sorumbática, a refletir sua imagem,
Corpo miúdo, meu belo menino! És tu mancebo que em me encantaste!
Faço a ti belos versos e recito-os para as estrelas,
Que enfeitam essa noite sombria que me acompanha, tão negra quanto meus cabelos...
“Meus olhos se derramam sobre a noites, estou só...”
Na realidade, amor fátuo,
Sentada na esquina do mundo, espero você meu amor, fico a sua espera,
Noites a fio sem descansar, já sôfrega.
Disse ao meu coração pra te esquecer, parvo, tu sabes! Inútil dizer!
Queria estar contigo num cabeço, só nós a declarar-lhe meu amor,
Nosso amor, casto como o nascer de uma criança.
Burilo versos cheio de verve, á espera de recitá-los um dia pessoalmente.
Tola, tenho que parar com isso! Consterna, sofro!
Vivo a galgar pela minha tristeza, pelas esquinas do mundo á procura de meu amor.
Titubeio meus versos melancólicos, lânguida, vejo agora no espelho a figura macilenta, da qual Álvares tanto falava.
Peço a você então que recite meu epicédio,
Que estejas em meu funeral, leia meu epitáfio,
Para que não esqueças de mim,
Alguém que te amou, mas do que quem te acompanha!