CARTA ABERTA AO SR.DINHO MATSUO

Amigos, é com muito pesar que ora escrevo esta carta aberta,enderaçada ao

"poeta" supracitado. Queiram desculpar-me, pois não é do meu feitio ser

deselegante com ninguém e aqueles que acompanham os meus mais de quatro anos

de Recanto o sabem muito bem. Aproveito o ensejo para alertar a todos, no

sentido de verificar a escrivaninha do ilustre poeta, já que não creio que eu

seja o único agraciado com tamanha honraria.

Senhor Dinho Matsuo:

É muito triste, para alguém que, como eu, gosta de poesia desde menino, ser

obrigado a vir a público para tratar de um assunto tão desagradável, quanto

asqueroso. O senhor pretende ser um poeta e, mais especificamente, um

sonetista, mas, permita-me dizer, adotou um caminho desaconselhável áqueles

que, verdadeiramente, tenham a sensibilidade necessária para trilhar as

veredas da poesia. Eis que, no dia 22 de maio do presente ano, o senhor copiou

descaradamente um soneto meu, bastante antigo, e publicou como se fora de sua

própria autoria. A prova de sua execrável atitude está logo abaixo, ou seja, a

cópia da referida publicação por mim, no dia 13/07/2008. Deixo de publicar a

cópia da sua publicação, porque o senhor, previdentemente, não permite cópia e

nem mesmo comentários na sua prestigiada página. É perfeitamente compreensível

que assim o faça, para que não seja vítima da mesma iniquidade que pratica.

Normalmente, eu não me incomodo com a possibildade sempre presente do plágio,

pois creio firmemente que, a cada vez que um Poeta tem um de seus escritos

copiados, ele produz outros cinco, pelo menos, mas ocorre que um amigo leal e,

diga-se de passagem, exímio poeta, sendo mesmo um sonetista de primeira linha,

escreveu-me há pouco um e-mail, mostrando o seu "elogiável comportamento".

Pois muito bem, poeta, se é que posso chamá-lo assim: nós fazemos parte de um

site de literatura, um local que só deveria acolher aqueles que tenham o dom e

o prazer de escrever, mas, lamentavelmente, sempre existem pessoas como o

senhor, que se comprazem em apropriar-se das obras de outrem. O senhor, pelo

menos, poderia pensar grande e em vez de copiar um amador como eu, poderia

plagiar um Vinícius de Moraes, Mario Quintana, Guilherme de Almeida, e tantos

outros famosos e, indubitavelmente, mais gabaritados do que eu. Se é pequena a

sua a sua mentalidade, a ponto de recorrer ao plágio, menor ainda é o seu

senso de oportunidade, já que se contenta em plagiar um ilustre desconhecido,

mas,por outro lado, confesso que me envaidece o fato de ter sido eu o

contemplado com sua honrosa iniciativa.

Finalmente, fica aqui uma observação: infelizmente, caráter não se compra na

farmácia, ou se nasce com ele, ou se morre sem ele.

Seja feliz, apesar de tudo, um abraço,

Mario Roberto Guimarães.

AMOR SINCERO

Tenho um coração apaixonado

E vivo um amor que me fascina,

Uma paixão ardente, que me ensina

A arte de amar e ser amado...

A cada novo dia eu sou levado,

Pelo teu jeito meigo de menina,

A renovar o amor que me domina,

Fazendo-me eterno enamorado...

E me pergunto se haverá no mundo

Um sentimento puro e verdadeiro,

Que possa ser a esse comparável,

Se, como tu, há alguém admirável,

Que seu amor entregue por inteiro,

De modo tão sincero e tão profundo.

Mario Roberto Guimarães

Publicado no Recanto das Letras em 13/07/2008

Código do texto: T1077971

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 26/12/2010
Código do texto: T2692901
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