De Frau para Dèja Vu
A ti devolvo esta questão:
/quando sacias a tua sede, tens que óbrigatóriamente que conhecer a fonte que te sacia mesmo que isso implique em que a fonte desapareça ...tens que obrigatoriamente que ver a cara do vento mesmo que isso implique que ele deixe de soprar......???????????? /
Quanto a mim já tenho a resposta embora que nem sempre saiba transformar em palavras, pois com o tempo bastou-me o sentir.
Inquietava-me perceber que em alguns momentos eu perdia à minha própria alma e perguntava a mim a razão de assim ser, já que tudo se apresentava de forma tão diferente do que normalmente acontece entre um homem e uma mulher.
Depois me lembrei de outra parte de um diálogo em que me perguntavas:
/DEVE-SE CALAR O GRITO? TENDO O GRITO A FORÇA DE NOS ENSURDECER?/
Não tem preço desvendar alguns segredos dentro de nós, de minha parte só posso te dizer que vale a pena todas as descobertas, volto a dizer, transformar em palavras o que existe entre um homem e mulher por vezes empobrece, a mim por vezes basta esta contemplação do sentir. Em resposta a tua questão mais recente posta em outro forum, eu te digo que já passei este estágio , neste dia escrevi este texto...
...
Respirar a essência do sentir
E falar das sensações
Do enlace que não sabe o toque das mãos
Neste momento em que guardo das palavras
Os segredos do indizível
De que jeito dizer no verso
Sobre o aconchego do ninho
Sem a força do abraço
Ainda assim vens
Com o requinte do imponderável
Como um botão que desabrocha
Dissonante da flor que o acompanha
È tanto o encanto que sorrio
Apequeno-me na glória de te pertencer
E assim ínfima recosto-me
Neste peito que sabe
As coisas bonitas do imaginário
És perene e me permaneces
E destes absurdos que só os poetas dizem
Digo-te és para sempre
Nesta quintessência de infinitos
Eu te perduro numa forma universal
Onde o corpo é o intangível
Afinal é na alma que te tenho
Assim como o som da criação
Riscas-me em traço célere
Na unidade da emoção
O apelo que aquece as formas do íntimo
É este calor que me molda
É neste ser que arde em essência
Que me transformas
Fazes-me sentir viva e feliz
Pois és todo o céu
Que preciso haver em mim
É na paz do firmamento
É unindo as estrelas
Que ainda soletro o teu nome