Palavras ao Vento

Desespero é o que sinto agora.

Quando nem mesmo o pedir, sentar e rezar, me adianta mais.

Quando por fim, me vejo sem nem mesmo os pés para me manterem ereto. Talvez seja como se num penhasco, caindo, mas sem fim.

E entao você sente a leve brisa do vento levando com você o teu último suspiro.

E uma de suas decisões é correr, sem destino nem rumo. E o infinito talvez o fim disto.

Depressão talvez, ou há algo pior que isso?

Decepção? E aquela indagação que não some de meu pensamento:

-Poxa, eu nao pedi pra nascer, nem ao menos pra viver disso.

Meditar, suplicar, musiciar, nao mais me convém.

Conclui-se então que me falta felicidade? Me faltam planos e caminhos a serem traçados? Mas, pra onde vão esses caminhos? E onde se encaixa essa tal felicidade?

Quero fugir, me esconder, pra nunca mais voltar. Onde ninguém me conheça, onde ninguém me questione, ninguém me duvide. Solidão? ela já mora comigo. Saudade? apenas de minha mãe.

So peço que alguém me ouça, estas palavras que ao vento vão.

Felipe Cazon.

Liipinhoo
Enviado por Liipinhoo em 12/02/2011
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