A FILA REALMENTE ANDA!

Queridos Amores que habitaram em mim

Essa coisa que a fila anda, é real. Quando um amor vai, ficamos péssimas, doi, choramos, achamos que nunca mais vamos amar de novo...

Até que um outro macho querido, nos olha, e o coração acende, o corpo se abre e o novo amor entra. Toda aquela dor do abandono anterior, vai para o lixo, e quando lembramos do velho amor, fica só uma doce lembrança dos bons momentos e sensações que foram sentidas a dois e que nunca serão esquecidas, porque ficam registradas na memória da pele.

Que bom que é assim! Se não, as mulheres românticas como eu, já teriam entrado em extinção.

Meus doces e grandes amores... OBRIGADA!!!!! A fila só andou porque vocês quiseram, meu sonho sempre foi ter vivido um único amor, pra sempre, nunca desejei trocá-los, mas também nunca desejei ser traída, essa coisa de Amélia, já era. Hoje em dia é assim, traiu, leva!

O incrível é que o macho mais liberal, quando sabe que sua fêmea deu uma escapada, não gosta, quer exclusividade, pode uma coisa dessa? É preciso mudar essa mentalidade com urgência.

Ou se vive uma relação séria monogâmica, que é a que eu procuro e desejo. Ou igualamos os direitos a caça...

Mando nessa carta um abraço carinhoso para todos os meu ex-amores, porque amei todos com a maior intensidade do meu ser e com cada um deles seria feliz pra sempre, porque todos foram especiais, queridos, nunca falarei mal de nenhum deles, seria o mesmo que falar mal de mim, porque de alguma forma em cada um tem muito de mim, só amamos o que é espelho. Mesmo o que mais me fez sofre, e eu a ele... Hoje só ficou o melhor do amor, como uma fruta que secou e cristalizou, meu coração está cheio dessas joías deliciosas.

Como dizia o poetinha, só é feliz nessa vida quem amou. E os artistas, em geral, sabem amar.

Obs. Se você pensa que é dono do seu amor. Engano total, lá dentro dele, há um lugar que é só dele, e ninguém pode exigir exclusividade, outros interesses sobrevivem, e que bom que é assim!

Cuidado para com seu ciúmes, não tornar uma doce lembrança em amor platônico, ai é transformar a relação, que era um saboroso vinho, em vinagre.

Rio, 20 de fevereiro de 2011