Meu olhar!

Olhei o que estava acima da minha cabeça,

só percebi e vi, gases e uns poucos astros;

Não enxerguei nada além do que estava lá.

Não fiquei entediado ou enjoado, só me

senti cansado.

Resolvi voltar meu olhar para a terra, onde,

aparentemente, as coisas e gentes estão

dispostas no mesmo nível.

Olhei dentro das cavernas, cheguei perto,

bem perto dos templos, aos palácios só pude

olhar de longe;

Estes lugares são freqüentados por quase

todos, cada um com seu objetivo e motivo.

Tem gente com holofotes;

Há os que usam óculos escuros;

Existem os que ficam pelos cantos;

Há pessoas que levam debaixo dos braços,

e nas cabeças, plantas, projetos e esquemas,

quase sempre, muito pessoais.

Este olhar não me deixou só cansado, mas

enjoado e desanimado;

Vi a humanidade transformando o seu livre-

arbítrio no câncer do planeta e no câncer de

si mesma.

Senti-me cansado, mas não fechei os olhos

ou atei pés e mãos;

Seguir em frente em busca de olhares iguais

aos meus, não sei se é meu destino, mas é a

minha vontade!

Março de 2011.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 09/03/2011
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