De uma Árvore à Presidente da República

Senhora Presidente da República.

Amiga sob o sol que hoje me queima, lhe procuro nessa hora para minha estória contar-lhe: sou apenas uma árvore que na beira do caminho, me sinto triste e abandonada ao ver minhas folhas caindo que pelo tempo amarelaram. Porém, aqui já vi lagrimas de quem podia cantar, a criança que no passado soltava a pipa no ar, hoje é triste lhe contar que essa mesma criança já não tem a liberdade, pois, os seus paizinhos brigaram por estar desempregado, ninguém sabe o seu destino, mais a criança deixaram, sem orfanato e sem nada pelas calçadas largaram. É o destino mais certo de quem vive num país onde o direito que temos já não é mais encontrado. Essa criança amiga já conheço o seu destino, será mais um outro lançado no calabouço da vida. E a pipa do passado será agora na certa, diante de tantos olhares, trocada por droga, dores e armas. Pudesse senhora nessa hora no fundo de sua alma fazer uma analise completa do que agora ocorre nesse pedaço de América. Enquanto no oriente o terremoto destrói, as ondas do mar se revoltam e o vento sobra contrário, enquanto na Europa se falam do euro, dolar e beleza, aqui onde o futebol se destaca, eu vejo tantos chorando ao ser triblado pelo próximo. Se falam contra miséria é destaque até na Grécia, na Oceania comentam essa propósta tão séria, mas falta o corpo a corpo de que podia ajudar, levando para o Congresso uma luta de igualdade, não buscando o aumento para teu cheque somente. Pois, na estatura que estão o Rio jamais deixará de ser a terra de quem mata sem ter receio, a vida dos mais pequenos não lhe valem um vintém, as águas correm nos morros fazendo grande tormentas, no sul a sêca castiga o verde que era existente. Nas terras férteis do oeste a soja é rejeitada, pois, falta o carinho mais serio de quem faz da politica o passaporte pro inferno.

Ajude senhora Presidente esse povo tão decente que faz da favela o cenário da mais bonita novela, seus filhos são personagens de uma estória por elas alí comentados, mais no auge dos capitulos, são verdadeiros macabros, pois, desenham de tal forma que só faz envergonhar aquelas que lavam as roupas prá familia sustentar. Enquanto que na capital de um paraiso sagrado, se falam em visitar as terras de Margareth, as mães olham pelas janelas os herdeiros delas morrendo por causa de farelo, jogou tudo o que tinha a vida, roupa, calçado e o sorriso fugindo pelas paredes vendeu por preço banal, na troca trouxe de a dor, angustia e miseria e como lucro maior só a morte lhe espera. É triste relatar essa estória, mas fico aqui toda hora, onde a semente caiu para ver o jornaleiro que passa sempre gritando, o sorveteiro que vende e a prostituta também. É um pais continente, é terra muito descente onde a lei repreende o pequeno que trabalha, pune o pai e pune a mãe quando as vezes ausente sai pela manhã bem cedinho, sem hora prá retornar, porém, nunca repreendeu quem tirou do seu salário uma ajuda de custo para o transporte embarcar. Vem de longe, vem de a pé, trazendo os sonhos nos braços, quem sabe quando eu chegar os meus filhos já me esperam, é triste a realidade, pois, quando no lar se depara com as drogas e a miséria, são frutos bem construidos por uma nação que se importa em buscar alterativas a favor dos deputados, prefeitos e mercenários, e o jovem brasileiros na escalada da vida entre muralhas se despedem de uma familia enlutada.

Me desculpe Presidente, sinto minhas raizes enfraquecidas, sem forças de prosseguir, mais de mulher prá mulher quero aqui lhe pedir, rasgue com as forças de uma mãe, o desafio a seguir, a miséria é compromisso que a senhora diz abolir, fez sorriso até nos olhos de quem usou nos conflitos, tentando envergonhar dessa esperança que brilha. Sabendo que o pantanal, a amazonia e a caatinga que são belezas que transmitem uma riqueza tão linda, porém, diante a tudo isso existe o mais importante o desejo de ver muitas crianças sorrindo e num pais verdadeiro ver a miséria no fim. O abraço de uma amiga que dos tempos longos que foram, conta uma estória vivída.

A Árvore