Confissão de uma condenada

Neste tribunal, eu fui julgada, condenada, culpada e perante o mesmo eu devo deixar claro que em momento algum disse que era inocente, pois se amar, desejar e sonhar é crime, eu sou culpada.

Se dormir pensando nele, acordar pensando nele é crime, sou culpada.

Se sonhar com seus beijos, seus braços me envolvendo, seu cheiro delicioso, seu corpo envolvente, seus belos olhos, seus lábios macios, suas mãos graciosas, se isso é crime, sou culpada.

Se desejar ter o corpo dele colado ao meu novamente, poder beijar seus lábios novamente, poder toca-lo e ser toada por ele mais uma vez, se desejar isso é crime, sou culpada.

Se amar um homem como eu o amo é crime, devo dizer que sou realmente culpada.

Por isso só tenho declarar perante este tribunal da vida que sem nenhum constrangimento eu me declaro culpada, aceito a pena de viver a vida sonhando com este amor não correspondido, desejando este homem que não me deseja, se minha pena é viver a vida sofrendo, eu aceito...pois sou completamente culpada e não nego a ninguém, digo mais, não me arrependo de ter amado este homem, de ter sonhado com ele e tampouco de de ter desejado ele, pois tenho orgulho de ter amado pelo menos uma vez na minha vida.

E se para ser perdoada por este tribunal eu tiver que esquecer este home, eu afirmo que nunca serei perdoada.

E digo a este jure que que nunca vou esquecer este homem, pois quando nós amamos alguém, nunca esquecemos este alguém, pois o amor não acaba, apenas adormece.