Aos homens

O homem jamais se arrependera de haver proporcionado a sua alma todo sentimento adquirido pelo tempo no desenvolvimento pleno do seu coração.

O homem, em todas as suas partes, apresenta sintomas inconfundíveis que prenunciam sua inevitável decadência, por não conhecer a si mesmo, se compreender, se amar. A causa que o faz ceder, sem maior resistência, a tentação de fundir-se na multidão anônima, consumando assim a perda de sua individualidade, e só funciona com preponderância a imaginação e a memória. Esse vazio incomensurável que já virou não poucos juízos, levando a humanidade a desorientação e ao mais agudo pessimismo, alento que não devia mover o homem a pensar e a sentir dessa maneira, mas esta aprisionado por seus próprios erros, imaterial de sua felicidade. Felicidade esta que não contem um só elemento estranho a originalidade de sua fonte, por ser original a concepção que a sustenta. A disposição que, sem florescer ainda, espera o momento de sua manifestação. Nocivos pela alma, mas desgastado pelo tempo. Uma fonte permanente de todas as suas inspirações, sua verdade absoluta.