A ultima carta.

Esta carta eu escrevi para uma namorada. No começo de nosso namoro saíamos umas três vezes por semana ,as vezes ate às 3h da manhã para matar a saudade, porém com o passar do tempo isso mudou muito, então eu percebi que estava amando sozinho e precisava sai daquele relacionamento de uma forma que eu não pudesse voltar atrás, pois no vai e vem poderia me envolver ainda mais. Não sabendo eu que já era tarde demais para mim, eu já estava apaixonado. Lembrando-me que ela me falou que a única coisa que ela não perdoaria era a traição. Eu inventei para ela que a havia traído, ela quase se entalou no telefone. Dois dias depois eu já estava arrependido. Escrevi para ela11 cartas sem resposta, e esta foi a ultima, não sei se era uma tentativa de pedir para ela voltar, ou se eu estava apenas dizendo a ela o que iria sobrar de mim, como me sentiria.

Entre o amor e a razão. 30/06/2003

Ah! como eu queria que minhas palavras fossem como palavras de anjo, ou que fossem escritas por suas plumas, para se tornarem mais puras ou mais doce, para poder expressar o meu amor.

Como seria bom se as palavras que deslizam por essas linhas tivessem o poder de fazer com que um coração já apaixonado apaixona-se novamente, e se alguém me falasse que num livro muito antigo e perdido houvesse palavras capazes de tal feito eu o procuraria e tiraria dele palavras tão fortes que retrocederia e contorceria o aço e faria com que as águas geladas dos pólos sul e norte se aquecessem e ainda transportaria os montes. Mas a verdade é que tais palavras não existem, e que os sentimentos verdadeiros ficam guardados e não podem ser expressos, mas estão contidos em sonhos, desejos, ternura, carinho, amizade e amor também se encontra num olhar que é levado pelo vento ao encontro de sua alma gemia num abraço ou em estar perto de quem se ama;

E mesmo que esteja longe e eu não a veja mais ainda vou levar um pouco de ti dentro de mim.

E se teus olhos não mais poder ver.

Se teu sorriso não mais puder olhar.

E se minha voz não mais poder te alcançar, se tornando eco diante de ti.

E ainda se por onde andar não mais lembrar de mim.

Ainda sim, me lembrarei de ti e darei um sorriso.

Sei que nunca foi minha mesmo quando estava ao meu lado, mesmo assim sempre tive medo de ti perder de não vela mais, e cada vez que voltava para casa partia levando meu coração, que sabia que cada vez que a deixava em casa poderia ser a ultima vez que eu a via.

Mesmo sabendo que um dia o destino nos separaria levarei um tempo para acreditar, e mesmo assim meus olhos ainda vão te preocupar em cada lugar onde estivemos, em cada rosto parecido, em cada olhar, com a esperança de vela mais uma vez.

E não havendo nem uma forma de vela mais, ainda te encontrarei dentro de mim, de onde sua imagem nunca se apagará.

Em meu coração ficara o desejo de encontra-la novamente um dia, e não sendo possível reencontra-la, ainda será um sonho em minha vida do qual não quero acordar nem me desfazer.

Eu pressinto que estas letras sejam as últimas que eu escrevo e meu coração se despediu já sentindo saudades, na verdade é como se você estivesse ao meu lado e caminhasse para um lugar muito distante e aos poucos eu a perdesse de vista se tornando uma miragem.

Há se a letra no papel pudesse escrever o infinito ou descrever o futuro.

Com carinho aquele que acreditava estar sonhando, quando você estava por perto.

Ass:S.An.limeira

arestotores
Enviado por arestotores em 16/04/2011
Reeditado em 21/04/2011
Código do texto: T2913393
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