Sina de poeta...

Um sorriso que me encanta... um corpo que me provoca... um olhar que me desestrutura... vejo um vazio em teu olhar e me é natural pensar em preenchê-lo, porém todas as vezes que procuro te tirar do chão penso que também não levantei ainda... então fica claro que não posso... mas como eu queria!

A vida te colocou no meu caminho em um momento errado... minha cabeça sabe disso... mas e com meu coração, o que faço ?

A única possibilidade de não ter me apaixonado por você é se eu não tivesse te conhecido!

Sim, apaixonada e resignada, sabendo que acabou antes de começar... que simplesmente é impossível que dê certo... mas esse coração teimoso, frente a toda probabilidade e frente até a teu não insiste em querer tentar... ah! pobre coração... desista, meu caro... por mais que você queira.. o querer tem que vir também de lá...

Apaixonada... mais uma vez apaixonada... outra vez oferecendo afeto em vão... uma via de mão única que tanto faz doer esse pobre coração...

Como eu queria ouvir teu sim... como eu queria saber-te forte... mas não és... não serás... não queres ser... e eu? Eu sofro!

Triste sina de poeta... chorar lágrimas de poesias... construir castelos nas areias da covardia... escrever pra ver se isso remedia... mas a única cura reside nesses seus olhos tristes, ansiando por meu sorriso... pena que eu não posso oferecer-lhe o meu sorrir sem abandoná-lo e então sofrer... mas eis que essa deve ser a real sina do poeta... dar ao ser amado a sua alegria e em troca ficar com seu padecer.

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 12/05/2011
Reeditado em 12/05/2011
Código do texto: T2965568
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