Mossoró(RN),

                                                                 Meu amor, 


 
         Gostaria que esta fosse uma carta de despedida. Nela eu queria derramar todas as palavras que a razão ordena e a lógica determina. 

          Queria que de meus dedos jorrassem termos claros, objetivos. Expressões bem elaboradas. Frases capazes de dizer, convictamente, aquilo que não sinto. Ao final a palavra “adeus” resumiria o discurso.

         
          Mas, não consigo. A razão ordena. A prudência determina, mas meu querer, meu sentir, continuam os mesmos de anos atrás. Continuo desejando sentir suas mãos em meu corpo, seu cheiro inebriando meus sentidos, suas palavras invadindo meus sonhos...

         Sei que não teremos de volta nossos dias de passeios no parque, namoro nas noites de luar, mesmo assim espero você “qualquer dia, qualquer hora, a gente se encontra, seja onde for para falar de amor”, para matar a saudade...”

         Não importa quanto tempo passamos afastados, minha pele reconhece o toque de suas mãos, meus olhos vibram ao ouvir sua voz e todo meu ser faz festa quando você se aproxima.

         Sua Nega que não aprendeu a dizer adeus e continua aqui, esperando que a vida nos permita o encontro, o encanto de estarmos, mais uma vez, juntos... 



Da Série: As Cartas de Amor que escrevi para você
 
Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 15/05/2011
Código do texto: T2972236
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