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`AinDa qUe o SopRo dO caOs seJa UiVo sObRe mEuS pEnSaMenTos... sEreI eU: pOeTa... e MiNha MaiOr
e EteRnaL PoeSiA: TU.´
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Hoje amanheci assim... meio distante de mim, envolvida numa bruma de saudades doridas...

Fechei meus olhos assim que acordei... suspirei como se dissesse teu nome para dentro de mim... para a minha alma - SOMENTE a minha alma - repetir baixinho... feito cantiga...

Junto à canção do teu nome, a sensação de tocar-te... firme, aveludado, quente, oloroso...

Outro suspiro...

Porém, teu nome |mágico| - antes, dono de um fogo único - agora enfeita um adorno cinzento...

E meu coração, feito um pássaro aprisionado a se debater, lamenta a condenação de não aquecer-se mais em teu hálito adocicado...

Ah! Se numa `uep-rá´, a tocar teus lábios com meus lábios nostálgicos, me coubesse sentir enfim o teu calor, a tua voz, o teu amor...

Talvez não mais me arrastasse pela casa... sob o efeito de uma bebida forte, derramando lágrimas em uma velha taça... ou mesmo, ouvindo nossa música preferida...

E penso d'olhos cerrados, na beleza do nosso jardim, dos nossos sonhos, dos nossos beijos e no quanto gostaria de tê-lo comigo agora.

E imagino o que estarias fazendo neste exato momento, e ainda ouço o teu riso pueril e admiro o belo brilho dos teus olhos negros...

E sinto meu coração... meio pianíssimo, meio adágio... todo agonia!

Mas, ao abrir os olhos... são elas que me cercam... as pedras frias... e aquela campa tão gélida...

E vejo a mesma flor... ressequida e triste... e ela me arranca do meu devaneio.
Brutal...
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xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 18/05/2011
Reeditado em 01/06/2011
Código do texto: T2978647
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