LENÇÓIS MACIOS DE ACONCHEGO

Saem das nossas fuças, sopramos ideias.

Impregnadas de intenção e sentimento.

Apresentam-se conforme as moldamos

Desenho traçado em forma pensamento.

Como soprada labaredas a poesia sai do poeta

Versos incandescentes queimando emoções

A iluminar semblantes nos vitrais que a luz afeta

Das almas orvalhadas de sonho e de canções.

Trafegam no nimbo em ondas de ternura

Suaves espumas de terno conforto intimo

Desprendida da alma do poeta em delírio.

A poesia esvoaça versos no universo que a atura

Em melódicas e harmônicas canções de cores e ritmo

Lençóis macios de aconchego, ou asas para o alívio.