OS CRISTAIS

Quando dizes “os meus olhos que restam imóveis”.

e, sem dor, não os posso erguer em tua direção

Por que deixamos tudo morrer tão rápido?

Por que a falta de reação?

O dia não escureceu porque deixastes,

Ou por não teres esperado uma revelação.

Que demorava em bater a tua porta.

Não vistes o meu olhar por entre as brumas

Languido e triste, enquanto escorrias para longe.

Bradavas inquietudes e desespero...

Não notavas nada, obcecada com uma só visão.

Como uma imagem tatuada na retina

Nem os caminhos se te mostravam... Não houve perda.

Também não foi o silencio ante o estardalhaço,

Nem a dor que ficou diante da constatação

Os cristais nada cortaram, prismaram a luz

Amor assim nem precisa ser dito, percebe-se.

Ou sorve-se de um só gole...

Meu Deus, como isso a machucou.

Não estive a margem nem a perdi.

Gosto de encontrar-te, e se perdida?

Acha-la.

Os verbos que nos vestiam brilhando canções...

Embalarão novos sonhos, confortará teu ego...

Teu pensar representa muita coisa em m’a vida.

Não estou tão longe, um amor nos aproxima

Adormece pois em meus braços.

Protejo-te com coragem, força e orgulho...

Não perdestes nada...

Abre os olhos, vê os meus junto aos teus

Sente o calor dos lábios tão próximos

Sente...

Ache...

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