Brisa fria

Brisa fria

Frente ao lago, a brisa fria bate no meu rosto. Lembro-me de você na doída separação dizendo-me que um dia a brisa fria seria sua mão me esbofeteando, ou teria dito acariciando?

A tristeza sobrepuja este momento de saudades, uma grande melancolia domina-me. Parecíamos, outrora, ter o mundo em nossas mãos, sonhos e mais sonhos a realizar. Sinto você novamente presente, como se nunca nos tivéssemos deixado.

Sinto infinitamente mais que saudades. Sinto falta do seu amor. Sinto dor, um imenso vazio no peito.

Ainda bem que a brisa cessou levando com ela sua ausência. Deixou a solidão e um grande nó apertado na garganta.

Uma paixão não passa; teima em revirar lembranças.

Há quem não entenda o pesar que habita o meu olhar...