Mossoró – RN, 21 de agosto de 2001.
 

                                                             Meu amor,

 
         Neste final de tarde, quando o sol já despediu-se e a lua ainda não chegou, fui tomada por uma serenidade que há muito não sentia – talvez porque, nos últimos dias, estivesse sempre muito atarefada com coisas menores, necessárias ao alimento do corpo, mas não da alma –, imersa nesta santa paz pude ouvir o gorgear dos pássaros, a cantiga do vento que passa anunciando a noite, o silêncio característico dos fins de tarde, quando a vida parece desacelerar (mesmo que seja só um pouquinho).


         Tudo isso me fez pensar em você, em nós. Lembrei de outros agostos. De outras tardes. Outros domingos. Percebi (mais uma vez) o quanto você me faz bem. O quanto é capaz de reconhecer em mim qualidades que muitas vezes desconheço. Você tem o dom de encontrar o fio perdido que me liga de volta a vida, a esperança, ao amor.


         Ao seu lado sempre redescubro a mulher apaixonada, forte, guerreira e lutadora. Creio que a força de nosso amor está no encontro de nossas almas, na cumplicidade de nossos sentimentos. Ser encontrada por você quando a vida apresentava-se como uma negra cortina e o amor parecia fazer parte apenas dos contos de fadas pode ter concretizado este querer tão intenso.


         Em minha dor você viu, escondido no mais fundo de meu ser, minha capacidade de amar, em meu cinismo, o desejo de ser amada, em minha descrença nas relações amaorosas a busca de um companheiro. Você me fez melhor, lapidou a pedra preciosa escondida nas veredas de meu ser, encontrou a chave que abriu, em definitivo, meu coração para o amor compartilhado.


         Boa Noite querido, que possamos continuar trilhando nossos caminhos de mãos dadas, corações unidos e certos de que o tempo será sempre nosso aliado. 

         Amar você é lago tão natural que não consigo imaginar a vida sem esse amor. Ao seu lado sou mais humana, feminina, mulher! Posso até imaginar a vida sem você (afinal desconhecemos o amanhã), mas não sem este amor que é parte de mim.
         Obrigada por existir e se deixar amar assim...
         Beijos apaixonados de sua eterna namorada.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 21/08/2011
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