Não sou uma pobre moça de ninguém

Parti sim, sempre,

mas porque me mandavam ir.

Forçaram-me a isso.

A sina que um dia jogaram sobre mim.

Mas isso tudo não importa mais para mim.

Quero viver e sei que posso sobreviver.

E evidentemente todos que me escutam

e me olham, sabem disso.

Como farei, não sei.

Sei que não posso olhar para o lado.

Preciso olhar para mim mesma,

conversar comigo mesma.

Acho que só assim poderei

chegar em algum lugar

onde já estou a me esperar.

E olhe,

digo a você,

não sou uma "pobre moça de ninguém".

Sou alguém que vive e caminha pela terra

com pernas próprias

e com muita vontade de viver.

E sou feliz por isso.

Por ter conquistado a mim mesma...

Maria
Enviado por Maria em 19/12/2006
Reeditado em 19/12/2006
Código do texto: T322156