O vento me falou de você...
“Amor”,
Hoje estou a orar por nós.
Pois nesta vida nada nos fez feliz plenamente.
Calamos um amor dentro de nós
De modo tão covarde!
Agora, contamos estrelas e gritamos em nome
De uma saudade que ganha força a cada dia.
Saudade e lágrimas são tudo que nos sobrou.
Volte e meia o vento que sopra o nosso rosto
Traz o aroma de uma tarde perdida
Num ano, não muito além de nós.
Das músicas ouvidas que embalaram nossos sonhos,
Ditavam a certeza de que o nosso amor sobreviveria...
Ah que saudade, não sou capaz de lhe explicar quanto,
Como é imensa a dor e a falta que você me faz.
Em tudo que vou fazer há o seu toque,
O seu tom, o seu riso perdido ao vento
Que chega a mim em melodia suave...
Releio o que escrevemos e as lágrimas caem,
Pois dos planos que fizemos, tornaram-se testamentos inúteis
Arquivados e condenados ao fogo.
O que faremos desse amor
Que brota e queima a tão longa distância?
Distância que não foi capaz de calar a voz do coração...
Hoje meu coração me convidou para escrever.
Escrevendo eu pude lhe sentir em cada palavra,
Você estava aqui do meu lado,
Como sempre esteve.
Ajudando-me a superar tantos obstáculos
Que se opuseram até então.
Não me pergunte pelos meus planos...
A vida perdeu a graça, perdeu o seu tom maior.
Eu sei que a névoa de nossa velhice chegará
E que na nossa lucidez esquecida pelos anos findos
Jamais apagará o brilho de nossos olhos,
Quando formos tomados pelas nossas lembranças,
Pois fomos marcados pelo amor...
E o amor que é verdadeiro nunca morrerá.
Saudades...
*Lekka*