Última carta de amor

Eu preciso te proteger de mim, do que sinto, desse amor que é incontrolável, sei que não vai ser fácil, mas aprendi que vivemos momentos, instantes, e que o futuro é improvável quando se ama, não posso achar que isso é normal, nem deixar que te afete de alguma forma, às vezes fico te esperando, e achando que irá vir me buscar ou me encontrar, mas não vem, vivemos em mundos diferentes, meu coração entra em erupção quando te vejo ou quando estou perto de você, e fingir esse sentimento, é como amar sem amar...

Desejo tanto que encontre alguém, que a faça feliz, por que sei que não tenho essa capacidade, a única coisa que eu tenho é um vazio a ser preenchido, e que por vezes transborda ao seu lado, ma, tudo na vida é assim, estendemos as mãos e nos reconhecemos loucos...

E tenho sido louco, louco de amor, de um amor que é sobrenatural que nunca iremos entender, e que de mim só quis que eu o provasse e depois, arrebatasse-o da minha vida, mas, não é tão simples assim, ele passou a ser minha vida, minha respiração, o pulsar do meu coração...

E sem querer te dei minha essência, de bandeja, para apreciação e ganhei um amor perfeito, que se esconde atrás do destino, e me deixa menino crescendo a sonhar...

Sei que vai voar e bater as asas para onde não vou poder chegar, apenas vou acompanhar com os meus olhos, tristes e alegres ao te ver voar, pela vida, em liberdade, livre...

Depois de tudo, afogarei no meu próprio amor o silêncio do que restou, do primeiro encontro à linda história de amor que a vida nos proporcionou e depois tirou das nossas mãos...

E por fim só ficará minha gratidão, se confundindo com as lágrimas que tanto me acompanham nos momentos de solidão, te implorando perdão, e deixando meu olhar carente, te convidando para amar além do infinito, de um adeus, de uma paixão...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 18/10/2011
Reeditado em 05/06/2012
Código do texto: T3283605
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