Te odeio...

Olha, eu não te odeio, mas se quiser morrer, sabe... Um belo favor você me faria. Olha, eu não te odeio, mas se você simplesmente fosse embora e nunca mais voltasse, sabe... Eu juro, eu juro que não te odeio, mas se você simplesmente se esquecesse da minha existência, eu agradeceria. Mentira, eu te odeio... Odeio como tudo que você me falava soava como verdades, odeio o modo como você me fazia sentir segura em um simples abraço, odeio o modo como você estava sempre errado e com um olhar e um beijo me fazia perdoar tudo. Odeio como um simples: ‘você sabe que eu te amo’, me fazia ficar boba. Odeio todos as lembranças que você me deixou, as risadas compartilhadas, as briguinhas que se davam por nada. Odeio o fato de meu telefone tocar e eu saber que não é você. Odeio ouvir aquela música e lembrar de nós dois, odeio ver outros casais e pensar que eu e você já fomos um “nós”. Eu odeio olhar fotos antigas e pensar que um dia a gente já foi feliz. Eu odeio o fato de saber que se eu já soubesse que tudo seria do jeito que foi, ainda assim eu faria tudo igual. Odeio que mesmo que eu tente me convencer que não, eu sinto saudades, muita saudade. Odeio ficar nostálgica ao lembrar de tudo que passou, e ainda melancólica ao pensar que a gente poderia viver muitas outras coisas juntos. Mas sabe o que eu odeio de verdade? Eu odeio o fato, de que apesar de tudo que você me faz passar... Apesar de tudo que você me fez sofrer... Eu odeio o simples fato de não conseguir te odiar.