Carta ao meu amor!

Ultimamente tenho pensado muito em você, meu amor. Sei que as recordações também lhe visitam.

Fazes como eu, revive mentalmente o que passou, buscando justificativa para o que findou...

Nos finais de tarde onde enamoro o pôr-do-sol e nele encontro o seu olhar, estremece o meu corpo.

Sei que também enamora a lua da qual tantas vezes foi testemunha dos inesquecíveis: amo-te!

O tempo nosso companheiro inseparável, caminha vagarosamente rumo a um futuro incerto.

Libertei-lhe da jura, mas não consegui desertar do amor, que por você, sinto.

Por isto venho aqui escrever-lhe discretamente, ansiando pra que minhas palavras sejam dosadas com as suas, que estão ausentes.

E como eu posso lhe achar ausente, se tão presente em meus versos está, tão vívido em minhas lembranças.

Na solidão propícia, quando o eu encontra o tu em devaneio. É quando nossas almas se tocam e emerge o sentimento adormecido.

Meu pensamento que te abraça, minha alma na sua se enlaça .

Está lá, naquele espaço imortal, o jardim das rosas mais belas que se pode ter, pra poder lhe dar.

Nos recantos de nossa casa, no soleira da porta, estás a me esperar. Em dizeres talhados na porta: Eu vi o futuro, nele você está!

Que assim o seja, Alecxander.