Carta de recomeço.

Vamos fingir que hoje é o primeiro dia em que nos encontramos. Que é a primeira vez que nossos olhares se cruzaram, que somos completos estranhos e ao mesmo tempo tão familiares um ao outro. Quem sabe poderíamos conversar sobre coisas fúteis, rir de coisas ridículas sem nos julgarmos e até mesmo confessar nossos delitos silenciosos.

Você me daria seu e-mail, trocaríamos mensagens, vídeos cômicos, imagens excitantes ou não, depois poderíamos ligar um para outro, pois nessa altura do campeonato já teríamos trocado telefones. Você escutaria minha voz sonolenta após á 00h30min e mesmo assim diria que a conversa estava empolgante no dia seguinte e com o passar do tempo sentiríamos a necessidade estarmos juntos sempre.

Você me pediria em namoro, trocaríamos um beijo tímido, em seguida deixaríamos nossas línguas se perderem em nossos lábios, as mãos vagueando um no corpo do outro e depois de algum tempo nossa primeira noite juntos.

O tempo passaria e quando menos imaginássemos estaríamos fazendo planos para o futuro, casamento, um canto nosso e filhos correndo, gritando e rindo conosco.

Em alguns finais de semana o passeio em alguma praça, olhando nossos pequenos saírem em disparada buscando suas aventuras imaginarias em quanto você relembraria da primeira vez que nos vimos.

Ao menos hoje, vamos esquecer os erros, as mentiras, falhas e tudo mais que destruiu aquilo que queríamos tanto em quanto olhávamos o teto do seu quarto, escutando a sua banda de rock tocar ao fundo em um compasso suave de nossos corações tão jovens e ao mesmo tempo tão feridos.

Hoje ao menos uma vez quero beijar você em quanto desejo que ao acordar tudo possa ser reescrito, que possamos desenhar juntos aquele céu, que tenhamos mais fé em nós e naquilo que queremos.

Hoje quero sussurrar que TE AMO e não ouvir nunca mais que tudo isso que criamos juntos é frágil demais para durar e ao mesmo tempo forte demais para acabar!

Essa é a carta de recomeço que gostaria de repassar para todos que compreendem as entrelinhas sem o menor temor de serem julgados de sentimentais e tolos!

Bêlit
Enviado por Bêlit em 23/02/2012
Código do texto: T3515346
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