NÓS.. E OS SEIS... EM NITERÓI   
                                       ( p. Maria Lydia D'Elia)
                                                                     

Esta obra nos fala da vida da vida do casal Hélio Felisberto D’Elia e Maria Lydia Coimbra de Castro D’Elia, seus filhos e netos, ramos da frondosa árvore plantada por Gastão e Sylvia Coimbra de Castro, nos idos de 1923.
Nossa vida é exatamente aquilo que vamos ser; é no presente que se cria o futuro. E naquele presente, transcorrido no ano de 1954, Hélio e Maria Lydia souberam plantar este ideal, sua vida, um ideal que, como a árvore, tem suas raízes na terra.
A vida não é uma determinada maneira; ela é apenas aquilo que fazemos. È preciso viver, não apenas existir. E Maria Lydia e Hélio têm sabido viver, enfrentando os obstáculos e contratempos, o que é bem mais nobre do que retirar-se para a tranqüilidade, procurando em vão a felicidade fora de nós, se não possuirmos a sua fonte de nós.
O importante não é o que se recolhe, mas o que se semeia, pois, não é feliz quem se preocupa apebas com o passado, porque não poderá receber a energia vinda da esperança.A união que nasceu entre estes dois seres surgiu do convívio e conhecimento mútuo, um amor que se fortaleceu na compreensão das diferenças,pois, amar o outro é muito mais do que olhar para o outro; é viver em função do outro, para faze-lo feliz, e a melhor maneira de ser feliz é contribuir para a sua felicidade. E este tem sido sempre os objetivos de suas vidas.
Amar o seu semelhante é a primeira das virtudes; por isso, no caminhar de suas vidas, Hélio e Maria Lydia param sempre um pouco para dar as mãos aos que andam ao seu lado..Bem sabemos que os caminhos da vida têm ladeiras íngremes e esquemas complicados mas quem ama, sempre os vence, apesar das dificuldades , pois, o homem é o obreiro do seu próprio destino. Paz se espírito é saber que fizemos o que tínhamos de fazer. E o sentimento do dever deu a este casal a verdadeira perfeição do caráter. O amor conjugal de Hélio e Maria Lydia persiste, muitas vezes, muitas vezes às mais duras dificuldades parecendo o mais belo dos milagres, E seu filhos – Vicente, Rosalie, Helito, Mariane, Lydia e Pepe – tornaram-se para eles, segundo a educação que receberam, uma recompensa, um prêmio, pois, sabemos que o grande homem é feito no seio de sua família. E este lar, tão bem estruturado, será sempre a luz que se refletirá por toda parte em que estiverem. Deus permite que passemos por sofrimentos, não para que nos revoltemos mas, sim, para a nossa evolução e libertação. Ele tem desígnios que nem sempre compreendemos, mas que devemos aceitar. Nunca devemos esquecer as lições aprendidas na dor,e, se Maria Lydia e Hélio têm tido sofrimentos em seu caminho, é sinal de que Deus os ama. A coragem, luz da adversidade, é o primeiro requisito de espiritualidade, e a maior prova de coragem é suportar derrotas sem perder o ânimo, pois, sabemos que não existe o amor verdadeiro sem uma grande parte de sofrimento, o grande mestre que enobrece o homem e dignifica o espírito.
O sacrifício agiganta as almas; os fracassos medem apenas as fraquezas, não os limites das forças, e nos ensinam em que ponto devemos melhorar. A melhor maneira de se viver é enfrentar a dor e experimenta-la; e é pela qualidade como Hélio e Maria Lydia têm sabido acolher o sofrimento, que podemos avaliar a grandeza de suas almas. Qualquer que fosse a crise em suas vidas, nunca destruíram as flores da esperança e, por isso, sempre colheram os frutos da fé.Pouco a poucco. Foram percebendo que Deus os guiava, tanto pelos fracassos e provações , como pelos sucessos e oportunidades. E depois dos sofrimentos, dos esforços, das decepções e angústias da vida, sempre encontraram Cristo, rocha firme à qual agarram todas as penas.. Pouco a pouco, Deus os vai guiando, fechando as portas de um lado e abrindo outras adiante. E como a felicidade é aceitar corajosamente a vida, eles têm sabido reconhecer em seu amor o traço divino, pois, para os esposos cristãos. A fidelidade no matrimônio é a humilde e confiante criação de todos os dias. Ainda que a planta seja difícil e os grãos demorem a brotar, a felicidade está em suas mãos para fazer da colheita um tempo de esperança, pois, ela está na consciência que o homem tem de seu caminho. 
Viver uma grande vida é ver realizado na velhice o ideal da juventude, e o valor de um ideal só pode ser medido pela quantidade de sacrifícios que se é capaz de fazer por ele. A vida só pode ser compreendida olhando-se para frente, com a certeza do bem realizado e o dever cumprido. Por isso, a cada segundo, começa para Hélio e Maria Lydia uma nova vida, primeiro com a chegada dos filhos e, agora, dos netos
Uma vida como a deste casal é um belo ideal, concebido na juventude e realizado sempre, para sempre.
 Que Hélio e Maria Lydia prossigam, prossigam sempre, na certeza de que as obras ensinam muito mais que as palavras, e seus exemplos, recebidos de seus pais permaneceram para sempre em todos os seus 

                           D E S C E N D E N T E S!

                          
Niterói, 05 de maio de 1997

                                                        (Carta-Prefácio)
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Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 21/01/2007
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T354375