Refúgio

Por vezes me pego questionando a mim mesmo, minha vida. E sabe? Quase sempre chego à conclusão nenhuma sobre mim mesmo, digo, sobre minha vida, embora uma resolução sobre as coisas alheias pareçam mais simples. E quando vejo que às vezes faço as coisas exatamente da maneira que mais detesto, me deprimo, lamento, enfureço... As palavras me fogem nesses momentos em que, depois de sentir-me vendido a um tipo de vida que não me agrada, tento escrever, que ironia.

Tento buscar um certo refúgio, acalmar a alma, talvez reencontrar o brilho da inspiração, ou algo assim. Não apenas isso, a calma que eu quero é aquela que me ajude a não ferir pessoas que não mereçam ser feridas e que machuco por não ter controle sobre isso, sobre os sentimentos tão acesos em mim e roubam meu controle. A calma que só tenho quando existe quando a arte nasce e usa de todas as sensações em mim para mostrar ao mundo o meu intimo.

Então veja querido amigo, não tenho certeza de como poderia eu viver sem o meu trabalho de vida, esse meu oficio que exerço “tão bem”, embora tão pouco e raramente.

Não apenas um exercício nessa minha vida, um refúgio para a felicidade poderia dizer, minha e de outros, pelo menos eu espero que seja assim. Se não for, não fará mais mal do que eu faço a mim mesmo quando não escrevo.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 10/03/2012
Reeditado em 10/03/2012
Código do texto: T3547241
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