Ele não é homem para mim.

He’s not man for me.

Tantas promessas e sonhos em conjunto. Tudo aos ares como se nada tivesse sido bom. Nada deu certo? Não. Havia dado tudo certo, acertamos em tudo, até agora. Até o momento em que desculpas não mais adiantam, lágrimas não mais comovem e o sonho... Ah! O sonho acabou.

Existem mudanças que não ocorrem. E são, exatamente, estas que deveriam mudar as pessoas aos nossos olhos. Mudanças não acontecem no âmago do ser de alguém. Nenhuma mudança é intrínseca a alma, infelizmente. Quantos sonhos seriam reestruturados, planos vividos, promessas cumpridas?

Qual a capacidade do homem, indivíduo, de manter-se fiel ao outro sem que vá contra si próprio? Só é capaz aquele a quem, por natureza, já seja assim. Pessoas não mudam. Crianças, sim. E então, por todas as vezes que tentamos, tentamos sim!, bastou por algum tempo, mas mágoas não cessam. O perdão não é real, divino, não real.

Quantas vezes somos menos nós mesmos para nos enquadrar ao outro, para nos encaixar perfeitamente, quando o perfeito só acontece ao natural? E por quantas abrimos mão do que nos é essencial, quando ao outro trivial... E por que ainda continuamos a fazê-lo se, no fim, sabemos nada adiantar? Por quantas vezes teremos que refazer nossas vidas, planos, sonhos, o coração?

Seria fácil responder sem sequer perguntar. A vida nos cobra mais. Nos cobra racionalidade nas coisas do amor. Mas não pense que se blindar resolve todos os problemas. A vida nos cobra mais. E mais, mas não deixe-se embrutecer. Haverá ainda tantas outras pessoas a cruzar o caminho que, sinceramente, dó! Até acertar em cheio, descobrir alguém com quem compartilhar, tomar decisões. Alguém que seja leal. Ao ponto de sê-lo ao natural. Leal.

Desde o princípio, estava tudo errado. Todas as palavras ditas. Os sonhos e desejos. As mentiras que sempre existiram. E vão continuar a existir, porque se é assim. Começamos de forma errônea, mas não lamento. Entristeço-me, havia muito em nós que poderia ter dado certo. Muito que eu queria que tivesse dado. Muito com o que eu havia sonhado, perdeu-se.

De tudo, ele mentiu. Jogou fora tudo o que podíamos ser. Dividiria a culpa se não fizesse nada, não posso. Não mereço alguém que não seja, no mínimo, leal. Ele não é homem pra mim. (Queria que fosse.)

Música: Go – Indigo Dying

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 01/05/2012
Código do texto: T3643408
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