Carta aos Poetas

Caro amigo poeta:

Tantas coisas tenho para dizer, e de tão pouco tempo disponho.

Tantos versos tenho lido, tantos comentários recebido, brincado, chorado, me emocionado enfim,e no entanto quantas vezes deixo de te dedicar algumas linhas. Posso te dar mil desculpas, mas a verdade é que passada a emoção dos tes versos, separada a mensagem para responder-te, condeno-a ao limbo da falta de tempo, esqueço-a em minhas gavetas empoeiradas.

Vez por outra lembro-me dessas gavetas, e muitas vezes respondo com dias de atrazo, mas outras vezes amigo, a vergonha que sinto é tamanha, de não ter te respondido em tempo, que cometo um sacrilégio ainda maior...faço de conta que não li...

Quantas vezes quis duetar teus versos, mas na hora a isnpiração me faltou, deixei para depois e o depois jamais chegou, podia apenas ter escrito um comentário...dito que havia apreciado, mas, caro amigo, teus versos eram tão interessantes que achei que melhor faria em responde-los.Pequei pois duas vezes.

Poeta amigo, espero que entendas o que estou dizendo, quiça tu mesmo não sofras do mesmo mal...se sofres, por certo hás de entender, se não sofres, por favor receita-me a cura.

Tantos versos que brotaram de tua alma,

santuário de tuas emoções, e eu ajoelhado nesse altar, nada mais fiz do que verter lágrimas de emoção e alegria...

nem uma palavra impressa...perdoa-me poeta por essa negligência, não te prometo mudar, talvez ser mais cuidadoso, mas ao não econtrares meu nome na tua caixa de respostas, tenha ainda assim, ao menos a suspeita de que teu poema foi lido por mim,que teu comentário me alegrou e emocionou, embora a resposta que esperavas, tenha sido escrita apenas pela pena da emoção nas asas do vento da poesia.

abraços fraternos

Jorge Linhaça