A carta

A Carta

Um dia escrevi uma carta de amor tão simples, pois por mais que eu tentasse gritar as palavras pronunciadas jamais conseguiria transmitir todo o meu sentimento.

Foi um momento mágico escrever cada palavra que se uniram as minhas lágrimas que rolavam pelo meu rosto, quando debruçado sobre minha alma procurava eu unir as humildes palavras ao meu sentimento, na tentativa de simbolizar todo o significado do que eu sentia por você.

Após todo aquele momento de entusiasmo, na qual me perdi completamente, sem saber a real explicação de tamanha emoção em compor tão singelos versos, eu que não sou dono de nada me dei conta da magnitude do meu silêncio que junto às lágrimas fizeram com que as palavras que um dia jamais entreguei ficassem eternamente gravadas em meu coração.

Foi aí que de um jeito muito especial passei a acreditar que o amor pode ser verdade. Por isso, não sei bem o quanto as palavras significam, mas o importante é que nesse exato momento seus olhos me olham sem aquela indiferença, que talvez nunca existisse, pois ser alguém especial é acreditar que a perfeição só existe quando um amor tão grande, oculto dentro da gente pode conseguir ir mais além que a intensidade simbolizada pelas palavras que insistem quase sempre sem sucesso descrever o que é o amor. E que só foi percebida quando os olhos puderam ultrapassar o que estava descrito no papel. Transformando a simplicidade da fala transmitida pela a força do coração em um momento que ultrapassou a realidade de um sonho, sonho de amar e ser amado.

Douglas Silva

Douglas Silva
Enviado por Douglas Silva em 13/05/2012
Reeditado em 17/05/2012
Código do texto: T3666141
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