Saudades!
Saudades, Senhor!
Saudades dos tempos de menina, tempos de inocência, de ingenuidade.
Saudades das nossas conversas no meio da madrugada, conversas que às vezes vinham embaladas na rede, ou aquecidas embaixo do meu cobertor.
Saudades, Senhor!
Saudades das lágrimas de criança, de um primeiro amor tão puro a Ti.
Saudades das músicas que faziam-me adormecer enquanto sentia penetrar em mim tua tão doce melodia.
Saudades, Senhor!
Que saudades de tempos que não voltam, enfim, tudo são memórias.
Não sou mais uma criança, não sou mais aquela menina inocente, agora sei o que é certo e errado, conheço o que é bom e mau. Tu me destes discernimento para compreender o ser; a vida.
Futuramente isso também será saudades, pois toda criança um dia cresce e amadurece, pra no fim voltar a ser criança.
Saudades, Senhor!