" Má Quê? "

Não, eu não me acostumei com a saudade... Você se foi, mas deixou o que de mais belo existia entre nós.

Que era amor eu tenho certeza e ainda é, se não fosse a minha dor não estaria aqui chamando por você.

Ontem eu chorei. Hoje também. Amanhã quando eu revê-lo com a sua nova máscara, voltarei a chorar. Agora você não é Satan Goss, Jaspion ou Gyodai e vou ser sincera: tenho medo do monstro que você escolheu para brincar, dele eu tenho medo.

Onde você enterrou nossos ídolos? O que você fez dos nossos apelidos? Por que você matou os nossos heróis?

Ouvir Ultraje me fere os ouvidos, é como se você ali estivesse me lembrando a genialidade do Roger, este que eu aprendi a admirar por sua causa. A poesia de Renato não será mais poesia sem as nossas indagações... Voltei a ouvir música internacional, pois a Maior Banda de Todos os Tempos da Última Semana também morreu, junto com aquela Pampa.

Não tem graça ser estúpida e nem arrotar. Esnobar? Não, meu professor se foi...

Meus ídolos são os seus ídolos. Minhas arrogâncias são as suas. Meu irmão era você.

Não vou me enganar: você é o que é. Se vendeu o seu caráter a mim não importa o preço. Se escondeu o seu egoísmo não sou eu quem vai encontrar o esconderijo. Se não me ama mais é porque em seu coração existe um novo roteiro mais significativo que o nosso. Se o seu ideal de família é exatamente a extinção da mesma, seja feliz. Por aqui você faz falta.

Sentimos saudades daquele que existia antes da viagem...

Mariane Dalcin
Enviado por Mariane Dalcin em 04/02/2007
Reeditado em 06/02/2007
Código do texto: T369686