O amor nasce de sementes distraídas

O amor nasce de sementes distraídas que brotam ao acaso e então, se a morte precoce não as alcança, crescem e ganham força. embaixo, espandem-se, fugindo do sol, enraizando-se no profundo do escuro mundo subterrâneo. Lá onde está o que não se deve mostrar. Nossas fraquezas e medos disformes, nossos defeitos e manias, nossas vergonhas. lá embaixo está a fonte de horas difíceis e medrosas do amor, aquelas que ninguém quer ter ou lembrar. Os momentos de deleite do amor são como os galhos que buscam a luz do sol, acima de tudo, do perigo e da desventura. Para o alto crescem diariamente buscando o calor das boas horas do dia. Lá em cima é onde se revela o melhor de nós, folhas verdes em forma de sorrisos e afagos. A copa da frondosa árvore é a boaventura do amor.

recorte do curta

O amor no andar de baixo