A Tempestade

Andamos na tempestade e enquanto andávamos choveu granizo, o vento forte fez com que as pedras de gelo nos acertassem em cheio. O impacto foi tanto que feridas se abriram em nosso peito.

A tempestade teimava em continuar e a chuva estava a queimar nossa face, foi quando enfim vi a luz do sol, não era intensa, mas em meio aos pingos de chuva você aqueceu meu corpo que tremia.

De repente uma nuvem negra aparece sobre as nossas cabeças. Um vento forte nos atinge e no desespero eu soltei sua mão. Foi quando olhei o céu iluminado pelos raios que alcançavam o chão, destruindo cada pedaço do que existia do nosso mundo.

Afogando-me em um mar de lama, senti a minha vida indo embora enquanto meu corpo afundava cada vez mais em meio a destruição. A única coisa que consegui lembrar eram os momentos felizes que tivemos, enquanto tínhamos o sol em nossos corações, quando nada me confortava mais do que ter você comigo e poder te fazer sorrir.

Fiquei a pensar:

Onde foi que eu te perdi?

Onde o "nós" foi parar?

O sol não consegui mais ver. O meu corpo já sem vida afundava na lama, enquanto a minha alma se perdia num resquício de lembrança do seus olhos.

A tempestade se alastrou destruindo o que restava do mundo que criamos. Assim como eu, você sumiu e a única coisa que restou foram as lembranças de um mundo que nunca existiu, e uma tempestade real que o destruiu.

Mayara Luiza Borges
Enviado por Mayara Luiza Borges em 17/07/2012
Código do texto: T3782234
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