Em resposta à Francielle

Eu dei o primeiro golpe, você acolheu-o

Eu ousei desafiar tua muralha...

Escalei até o topo... você me aceitou, me deu sua mão e me abraçou.

Eu estava em chamas, com febre, com raiva, perdido...

Você, serena, calma mas irremediavelmente confusa...

"Fogo e água não vivem juntos

Não podem ser atados, não se ligam"

Eu sou como uma chama, uma fagulha, inconstante, instável...

você é um poço, se torna mais escura, mais fria, mais hostil sempre que vou mais à fundo.

Sempre que mergulho, ameaças me apagar...

"Fogo e água não vivem juntos

Não podem ser atados, não se ligam"

Im Wasser verbrannt

Na água, eu queimo...

Eu imagino, nós dois, numa realidade paralela em que as coisas não fossem como são, o que seria possivel.

Numa outra realidade, um outro universo, novas circunstancias.

Mas neste mundo, eu sou um incêndio,você a tempestade...

os dois não podem existir ao mesmo tempo,

dois espetáculos imiscíveis...

e ainda assim familiares.

Eu dei o primeiro golpe, você derramou a primeira lágrima e me devolveu...

Me devolveu quando eu mais precisava, e quando eu não queria.

Você se pergunta se vamos ser inimigos...

não sei responder...

Pode haver amor no antagonismo?

Por que sinto tanta empatia ao teu lado? Como você pode ter tantas respostas as perguntas de alguem tão diferente?

nunca saberei...

por enquanto, contento me em arder sob teu fluido olhar

teu olhar de cachoeira...

Im Wasser verbrannt

Im Wasser verbrannt...

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 05/08/2012
Código do texto: T3814174
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