Palavras, Lembranças, Momentos

Eu sei que minhas palavras te incomodam. Machucam. Algumas chegam a ferir fundo. Tenho consciência disso. Bem como você sabe que no fundo não digo nada além da verdade. E em cada uma delas estou por completo. Inteiro. Intenso. Se não te tenho hoje ao meu lado, ao menos posso lhe sentir mais próximo cada vez que as escrevo. Mais ainda quando você as lê. Se agora você se pergunta o porquê deixou passar, talvez escapar, tamanho sentimento, eu não sei. Mas sei que preciso de cada uma delas para me sentir forte. Para alimentar meu ego. Sabendo que ninguém vai te amar como ainda te amo. Ninguém vai te querer como ainda te quero. E ninguém vai fazer por você sequer uma parte de tudo aquilo que um dia eu fui capaz. E que não me arrependo um minuto que seja. Fui conduzido pelo amor. E ainda continuo. Mesmo restando o vazio, a saudade, as incertezas. As lembranças ora doces, ora frias. Sempre vivas. Sempre nítidas. Sempre guardadas nesse lugarzinho que ninguém teve ainda o dom de adentrar que apenas você teve. E mesmo que você não queira. Ainda te carrego aqui comigo. Até quando não sei. Mas aguardo com ansiedade o momento do definitivo adeus. Quando nada do que fizer ou disser tenha importância ou me faça algum sentido.