A Cartada Final
Durante muito tempo eu me questionei. Culpei e condenei. Busquei erros em meio a tudo o que eu considerava ser um acerto. Não cheguei a conclusão nenhuma. Mesmo quando foi o fim quem deu a cartada final, o isentei de todas as suas culpas e todos os seus erros. Durante todos os meses posteriores, mesmo te vendo com outras pessoas, continuei martirizando a pessoa que não tinha nada a ver com suas escolhas. Com os seus erros. E mantive-me aprisionado em algo doentio. Que a cada dia que passava mais de deprimia e fazia mal. A tal ponto de tornar-se uma doença. Uma obsessão. E afirmo agora. Não há na vida nada pior do que ego ferido. Autoestima baixa. Coração sufocado. E agora, em meio a tantas possibilidades que a vida me apresenta, posso dizer que meu maior erro foi continuar, em vão, insistindo naquilo que, desde o começo, só veio para me fazer muito, mas muito mal.