O Amor e o Coração

Eu já havia me acostumado a querer me esquecer de você...e, de repente, como quem não quer nada, você bate em minha porta, e antes que eu te convide à entrar, você ousadamente invade a minha vida e, simplesmente vai se apossando de tudo o que até então era só meu, sem ao menos perguntar se pode ou deve, se lhe é permitido ou não chegar e ficar, ou melhor, se eu te admitiria vir. Mas, no entanto você está aqui, e por incrível que pareça, eu não sei o que fazer com você.

Sei, que de nada valerá eu te pedir para ir embora, porque você não irá, mas também sei que, se você ficar, provavelmente me fará chorar novamente.

Se eu tivesse, ao menos, sido avisado da tua vinda, certamente eu teria me preparado: mas não!? inesperadamente eu me vejo cara a cara com você, sem ter tido sequer o direito de me precaver. E já que eu, nada posso fazer, para desviar essa sua ideia obsessiva, de querer ficar, tentarei não admitir que você interfira, fazendo manobras que possam modificar o percurso natural das coisas e que ao menos, você seja cúmplice do inesperado porque, haja o que houver, dividirei com você, a culpa que por ventura poderei vir a sentir.

Eu não saberei dizer, quantas serão as noites que passarei em claro com você estando por perto. Você conseguirá por à prova, a capacidade que tem em virar a minha vida de ponta cabeça e acabará se apossando das minhas vontades, fazendo com que apenas prevaleçam as tuas, e aí, você brincará comigo e me fará sorrir e, me pegará pela mão, me conduzirá por onde quiser, e eu, com certeza te acompanharei feito criança, ansiosa por ir brincar no parque. E, depois que você se tornar um vício e eu estiver mendigando por essa embriagues, você certamente me abandonará e eu me prostrarei em prantos diante da tua lembrança e numa tentativa desenfreada, tentarei desesperadamente salvar o que por ventura ainda restará de mim.

Se você me perguntar por que me dei assim, você irá me ouvir te responder: - Eu me esqueci que sou apenas um coração, e portanto não sou dono de mim. E por ser assim, me deixei levar. E por acreditar que eu poderia ser feliz, ousei amar. Mas, se você é o amor, me diga então: - Por que tiveste fim???

SIDNEYA ROSSI
Enviado por SIDNEYA ROSSI em 09/12/2012
Reeditado em 12/10/2016
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