Oi, Amor!

Oi, Amor!

Estar com você me parecia um sonho...inatingível. Mas hoje, vivo esta realidade...concreta, permeada da emoção de ter tido emoções...inesquecíveis. Ainda sinto sua mão acariciando-me. Ainda sinto o abraço, o beijo, o corpo trêmulo, o coração palpitando. Ainda percebo seu jeito engraçado e instigante de me chamar. Ah! Mesmo que eu estivesse determinada a não me envolver, a não ceder aos desejos, caí louquinha em seus braços. Extasiada, nem notei que já estávamos matando a nossa deliciosa fome de amar. Naquele momento, éramos apenas dois animais saciando-se em pleno cio. Percebo, então, que amo você com a doçura do amor que me colma. Assusto-me com o prazer que me causa tê-lo sem possessividade! Com a sublimidade de ser sua sem que você seja meu donatário. Apenas sermos um para o outro com disponibilidade para nos possuirmos até que nossas entranhas possam gemer e, enlevados, gozarmos no frenético calor da união de nossos corpos. Amo você não apenas pelo prazer que me provoca. Acrescente a isto os efeitos que me produz como mulher, como pessoa querida e desejada por você.

Você é o meu homem, o meu amor. Tranqüilo, equilibrado, terno. Porém, que reativa em mim o vulcão adormecido, fazendo-o entrar em erupção quando você me toca até mesmo com a simples lembrança. Você é a minha ‘Bagaceira’: me arrepia, me dá calor e me embriaga, fazendo-me sorrir e desejá-lo sem medida. Você é a minha ‘Bavária’: me entontece com seu olhar disfarçado de garoto arteiro e apaixonado. Você é o lado mais puro e encantador da minha vida. Tenho a impressão de estar sendo tocada pela fantástica existência de Deus em mim.

Que posso fazer se mesmo limitados você desperta o furor da volúpia frenética do meu corpo?!...Aí penso: sinto ciúmes de todas as pessoas livres que o cercam e as invejo por elas poderem se mostrar, agarrar e beijar você...despudorosamente. Some a isto um elevado desejo de ser por um momento...como elas. Entretanto, satisfaz-me saber que a elas não foi concedido tê-lo como eu o tenho em minha vida todos os dias(...). Você não é parte de mim. Você está em mim para sempre.

Você é maravilhosamente gostoso! Seu cheiro me enlouquece. Você me faz sentir como uma animália viciada querendo ser possuída de todos os jeitos, de todas as formas. Lembro-me das horas que estamos juntos: o nosso início de conversa, o seu sorriso, o vinho misturado com coca-cola, a cerveja, a pizza que não comi (você era a minha comida), a cama, o travesseiro, o lençol, a toalha, o sabonete...Como bestas somos tomados e em êxtase...nos possuímos. Amamo-nos infinitas vezes no mesmo local. Quer repetir? É só imaginar (...) como agora o faço. Perceba o vento que entra pela janela do seu apartamento. Sou eu o ar que adentra para refrescar seu corpo. Passe o sabonete suavemente por suas partes. Sou eu aromatizando e amaciando a sua pele, entrando em seus poros. Tome o alimento em suas mãos. Sou eu a sua fome do pão e da carne. Sou aquela que o ama, que vive com a sua lembrança e morre de saudade e desejo de estar com você.

Meu anjo, quando em sua vida eu apenas for uma lembrança, não se esqueça que você me fez mulher, me fez renascer para a vida com a simplicidade de quem deve ter a vida como presente de Deus. Por toda a eternidade, o meu amor, mesmo que a gente nunca mais se veja como corpos físicos palpáveis.

Meu amor hoje e sempre.

Luiza

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 09/03/2007
Reeditado em 19/07/2023
Código do texto: T407164
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