Tudo ao seu tempo

A vida - acompanhada pelo mestre chamado tempo - ensinou-me muito do que hoje eu sei; embora eu não saiba e nem queira saber tudo. Mas as certezas básicas vieram junto à idade que avança cada vez mais rápido: as pessoas vêm, mas algumas também se vão; algumas ficam - mesmo que na memória - outras partem para nunca mais voltar. O amor? Esse não é para sempre, embora o "pra sempre" seja nós que criamos. Amizade? Quando verdadeira enfrenta qualquer obstáculo. Vence as barreiras de tempo, distância, afastamento; se alguém não está presente em determinada situação, isso não significa que essa mesma pessoa tenha te esquecido. O grande amor da vida é um só. E embora muitos falem sobre isso, só nos damos conta quando sentimos na pele. A vida? Essa consigo enxergar com o mesmo olhar sereno e um tanto quanto ingênuo daquele menino de quase vinte anos atrás, porém com uma dose de sensatez e maturidade a mais, talvez. Já que hoje não dou mais tanta importância ao que, ou a quem, nada vá me acrescentar. Além de tudo, aprendi que ser feliz, cultivar o que há de bom, depende somente de mim. Que já não posso cobrar de ninguém aquilo que não puder fazer por mim, uma vez que a mente e o coração são territórios onde ninguém pisa e jamais saberemos se caminhamos ou não sobre um campo minado. Se isso acontece, pode não haver mais volta! A não ser levantar-se das cinzas e mostrar ao mundo, principalmente aos que me invejam e/ou me odeiam, que tudo é possível quando acreditamos. Não somente em Deus, como também em nós mesmos. Afinal, de que nos adianta esperar algo Dele, quando nada fizermos para que o desejo se realize? Por fim, a maior de todas as certezas. A de que qualquer relação humana que eu me propuser a viver não será da forma que desejo se não vier acompanhada de três ingredientes muito básicos, mas de extrema importância: amor, confiança e respeito. Desse trio, nenhum pode ter mais significado do que o outro. Todos estão perfeitamente interligados. Se um faltar, não adianta insistir. E nem querer reconstruir. Uma vez quebrado, o laço jamais volta a ser como um dia já tenha sido.

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 29/01/2013
Reeditado em 30/04/2014
Código do texto: T4112873
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