AO MEU AMIGO...

Ah, meu amigo!... não vou lhe falar de conselhos, não vou lhe mostrar os espelhos e muito menos tripudiar. Dizer-lhe o que já sabia não vai deixá-lo menos pior. Prefiro permanecer ao seu lado, e mostrar-me presente para ouvi-lo, se preciso for. Desabafe, se for o caso. Silencie, se bastar-lhe o acaso, mas deixe sair desse peito essa dor.

Há muito sei de suas esperanças perdidas, das tantas lágrimas vertidas por um amor que nunca foi seu. Há muito é muito o que vejo, sem poder falar-lhe, quando você insistia num mundo que não lhe cabia, na ausência de tanta cor.

Ah, meu amigo!... faça a caminhada contrária. Retorne ao ponto onde se perdeu. E se perdida continuar sua busca, não se perca naquele olhar que ofusca, mas olhe bem mais adiante. Porque o amor, se não é correspondido, se não é presente e muito pouco vivido, em momento algum será o bastante...

MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 13/02/2013
Reeditado em 20/03/2019
Código do texto: T4138255
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