Queridos Leitores,

Sabemos que a inspiração do poeta vem a qualquer momento, mas hoje é especial, não para fazer versos, mas para procurar um pé de valsa.Uma Idéia, um pensamento que surgiu na minha mente.

Ao escrever esta carta estava na beira da praia vendo as ondas do mar agitado, e seu marulhar que nos deixa alucinados, sem contar nas duas caipinhas de saque que tomei, bom acho que foram duas, não me lembro, embora a bebida seja fraca, é o suficiente para liberar estas linhas.

Assim vou lhes contar meus últimos acontecimentos, estes que me levaram a uma procura, confesso meio maluca.

Tenho um sonho antigo, a dança. Acreditem, comprei um par de sapatos há dez anos atrás, ensaiando  para me  aventurar nessa oportunidade, porém ficaram guardados, por  sorte a numeração não muda depois dos quarenta, contudo acredito que tudo tem sua hora, mesmo sendo chamada de senhora.

Tudo começou em dezembro ,na cidade onde moro um amigo do trabalho disse que no mês de janeiro estava programado com mais dois amigos para conhecer uma academia de dança, e me convidou...

Nesta época não estava muito entusiasmada, e disse que pensaria no assunto.Passaram-se os dias e ficou no esquecimento.Em outra ocasião, fui à padaria comprar pão e o assunto voltou à tona, descobri que o Sr. Armando era o amigo que faria companhia com o colega de trabalho, neste dia então me animei, não queria ir junto com eles, então pedi que depois que fossem me passassem o endereço, pois nada nesta cidade conheço.

Resumindo a história o tempo passou e nada, motivos?
Cada dia um fato novo atrapalhava os amigos.Enfim, vi que ali era só fogo de palha, foi ai que resolvi com mais seis amigas ir em frente, resultado, uma delas pegou o endereço que não deu certo, e nisso alguém havia me falado por alto onde tinha uma Acadêmia de dança nota dez.Endereço? 

Não peguei.Convidei as meninas para ir neste, mas elas não sabiam desse detalhe.
Já no caminho alguém pergunta:
Você sabe onde é?
Simplesmente respondi que não, e que íamos achar, afinal quem tem boca vai à Roma, e achamos...Pra variar chegamos atrasadas para aula de iniciantes, e eu como não queria perder meu tempo quis conhecer a aula que estava sendo ministrada, e era o Bolero;entramos, e para minha surpresa fomos convidadasà participar da aula.

Foi apaixonante, adorei a primeira vista, ou seja, os primeiros passos, mas ali não seria o nosso lugar., as sete mulheres de Paraibuna, esqueci de mencionar esse detalhe, como ficamos conhecidas, e para dar um empurrão haveria no sábado um baile para os alunos, forró, essa modalidade que não achava que seria minha cara metade,,e fomos...
Somente alunos, dançamos e ao mesmo tempo aprendendo, foi demais.

Os alunos gostam de variar de pares, pois cada um tem um estilo de gingado, embora os passos sejam os mesmos, sem afinidades com nenhum deles.
Nessa troca troca, dancei com um que, lembrando ao começar a dança deveria mencionar ao par que éramos iniciantes.
Esse último par, no meio da dança fala calmamente:
 em certo momento vou te jogar para o alto e você faz o salto triplo.pensei...esse cara é maluco, vou entrar na dele, então disse:
Ok! pode me jogar, deixo meu corpo leve e veremos o que acontece.ele deve ter pensado, achei alguém mais louca que eu.
Então me disse, vamos continuar dançando e deixamos pra lá o salto triplo, com leve sorriso no rosto.
Queridos leitores foi a partir disso que começo a amadurecer a idéia, procurar um pé de valsa.
Lembrando que a dança faz bem para corpo, mente e alma, para quem gosta é uma terapia.

Diante disso, necessário que sinta e respire a música deixando fluir pelo corpo, como sangue que pulsa e corre nas veias.
Pensei por um momento fazer uma placa, não, isso é pré histórico, arcaico, então que seja alguém que ame a própria liberdade, e que o único compromisso é a dança. A idade e aparência não importam, desde que não estejam com o pé na cova e tenha disponibilidade de tempo e principalmente que tenha o mesmo perfil que o meu.

A idéia é a semente, será plantada para colher frutos lá na frente.
Não sei como farei, mas o objetivo está dito, aguardando primeiro minha remoção de cidade,São Paulo, para saber melhor a localidade.
Caso não saia, poderá ser a região de São José dos Campos.

Aguardem, e quem também tem essa vontade, se prepare, vai amaciando a idéia, logo faremos contato.

Queridos leitores, essa carta foi escrita livre, leve e solta, pois cheguei às três da manhã e às oito segui rumo à praia,

Dia ensolarado, mar agitado, seu marulhar me fez voltar ao passado em determinado momento perdido, nos braços da desilusão, senti o beijo dos devaneios, a distância da espererança adormecido na paciência que, despertou na esteira da solidão abrindo essa questão.

Mergulhei fundo,
Andando na areia,
Olhando as ondas
O vento tocando minha face,
não foi verdade,
Era um disfarce.

O sabor da caipirinha
Aos poucos engolia
sabor limão,
Libertando meu coração.

O sabor da segunda,
Hora de ir,
Mais um mergulho
Despeço das amarguras,
Volto para casa mais segura.
Que as vontades devem ser feitas,
aquelas guardadas no armário,
Esquecidos por conta dos caminhos
por mim dirigidos.
Paro, penso...

Onde estás?
A voz do meu interior responde:
Estás de volta ao seu EU,
Abrindo desejos escondidos,
Despertando por você,
tão pequeninos.

Que lhe dará nova vida,
Despedindo das ilusões,
Por seus valores,
A vida mostrará seu mundo,
De todas as cores,
Escolhidos por você,
Os melhores sabores....

Cada linha escrita, foi um flash, um mergulho ao futuro.caso tenha erros de pontuação e português,,foi efeito do limão da caipirinha..

Um forte abraço,

Ubatuba, 25 de Fevereiro de 2.013 








isis inanna
Enviado por isis inanna em 27/02/2013
Reeditado em 27/02/2013
Código do texto: T4162194
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