AFASTADA POR UM TEMPO

Na madrugada de 01 de março de 2013

Vou ficar um tempo, não sei quanto, sem publicar no Recanto. Não é nem um pouco certo nem justo que eu continue publicando, recebendo leituras e comentários sem estar em condições de ler nem de comentar seus textos. Isso, realmente, não é nem um pouco justo com vocês, amigos.

Vai ser duríssimo para mim porque o Recanto, como já escrevi várias vezes, tem sido o lugar onde ainda posso mostrar o que, de mim, no chamado mundo real, se tornou e continua praticamente impossível de mostrar e de viver: minha escrita e meu canto (sem pretensões algumas, no Recanto, do que quer que seja para além da simples partilha). Urge que eu faça algum silêncio, para não prosseguir a fazer, em público, rsrsrs - catarse, purgação emocional através da linguagem, que é quase só o que, há muito, venho fazendo – claro que essa é uma das funções da linguagem, a de purgar emoções: não é, a meu ver, a sua única função. Devo afastar-me, urge que eu me afaste um pouco. Talvez eu não aguente ficar longe mais do que uma semana, embora tenha a intenção de me afastar por mais tempo, até conseguir retomar um mínimo de... equilíbrio, equilíbrio que está me faltando, realmente, por uma série de razões de natureza pessoal, razões que não têm a ver com ninguém do Recanto, pelo contrário: dos amigos do Recanto só tenho recebido coisas muito, muito positivas.

Urge-me assim, sempre, agradecer, pelas leituras, audições, comentários, pelo calor humano que tenho recebido de vocês. Sempre meu “muito obrigada” a todos, e a cada um. Que a Providência Divina, ou o Universo, ou... enfim, que a Vida os (nos) proteja, em cada um dos seus (dos nossos) passos.

Isso não é um adeus, eu sei que não o conseguiria, não agora, não ainda. É só um “até breve”.

Até breve, queridos, com meu abraço mais fundo.

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Amanhã, dia 08 de março de 2013, será o Dia Internacional da Mulher e eu, mulher, não sinto, individualmente, que tenha algo a comemorar, mas, talvez, não pelo fato de ser mulher. Talvez não: pelo fato de me sentir um ser humano que, até agora, não deu certo. Não deu certo, mesmo. Que isto não seja algo irremediável. Que não o seja, amém.

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