Recadinho para uma Flor


Brasília sempre  linda...

Minha Flor

     Depois da alegria do seu contato, algumas questões me inquietaram, mas também me animaram para essa “conversa”. Quero lhe afirmar que realmente entendo que a vida nunca foi nem será um mar de rosas e por isso mesmo a poesia sempre será eterna: dos momentos de alegria, a poesia consegue extrair do mais dentro de mim os mais raros perfumes, as mais belas imagens, as mais doces palavras que alguém pode dizer; dos momentos de tristeza ou mágoa, a poesia enaltece todos os encantamentos que podem nascer e me permite diluir a dor, renovar minha fé e minha esperança.
     Quero lhe afirmar também que acho graça (e fico feliz!) quando diz que tem “inveja boa” da minha leveza, do meu jeito de ser e estar no mundo. Ah, Flor, a isso eu respondo cantarolando “você não sabe quanto eu caminhei pra chegar até aqui...”
     Sim. Eu continuo com a minha velha mania de caminhar cantarolando. Relembro antigas canções, preces, mantras e escuto-me... Realinho prioridades...Reafirmo valores, sonhos. O Divino que há em mim, saúda o Divino que há em cada ser vivo, não – vivo, imaterial e agradeço a oportunidade de existir, de estar aqui e a cada um e cada uma, que mesmo sem saber, estão comigo e encorajam minha jornada, neste plano.
     Tem sido assim meu caminhar pela vida, minha Flor. E pensando nesse meu caminhar, torço por você. Espero que supere  seu “mau “ momento. Não acho que  é mau. Só um pouco mais difícil mas tenho fé que você encontrará o equilíbrio, a força necessária para fazer essa travessia sem perder a delicadeza, sem abrir mão de princípios, sem adoecer a alma e o coração.
     Mantenha-se firme. Não esqueça quem lhe ama. Ame-se também. Saiba que mesmo fisicamente longe estou bem pertinho de você. Conte sempre com meu abraço solidário, minha amorosidade e meu carinho.

Cuide-se, Minha Flor. Daqui, do planalto central, um beijo!





Da série CARTAS PARA UMA FLOR...