Minha Carta Póstuma à Margie.

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esse texto carece a leitura da poesia Margie presente aqui mesmo, no recanto, para a completa compreensão.

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Lugar Invivível, 23 de Março de 2007.

Querida Margie,

Eu nunca notei sua dor.

Nunca percebi o quanto você sempre precisou de alguém.

Talvez eu nem seja a pessoa que você esperou.

Mas como eu lhe disse, sabia que você renasceria.

Como resnaceu.

Agora, já não sei mais nada de ti.

Sou uma estranha pra você.

Acredito que isso seja até melhor pra nós.

Apesar de saber que a nova Margie é infinitamente melhor.

Ainda sinto falta da velha.

Era mais fácil de suportar a vida com você.

Você nunca me viu, mas eu sempre estive ali.

Observando-a.

Sempre escondendo suas mariores angústias.

De mim.

Sua posição Auto-Suficiente sempre me encantou.

Sabes disso.

Faz mais de anos, eu sei.

Mas ainda choro sua partida.

Queria que você não tivesse ido.

Não posso negar-lhe.

Tenho vontade de seguí-la.

No caminho que você escolheu.

Forças não tenho.

Para tanto.

Desejava todos os dias sua volta.

Até que a nova Margie se mostrou para mim.

Sorri quando ela me disse que se parecia com você.

Ela me encanta.

Como você.

Mas não é a mesma coisa.

Você vivia comigo.

Já ela não pode.

Tem vida própria.

Queria os velhos tempos de antes.

Quando a vida era mais fácil.

Mais bonita.

Mas que a gente achava ser péssima.

Quero, acima de tudo, nosso passado de volta.

Pra consertar meus erros.

Pra viver o que eu não pude viver.

Pra aproveitar mais meus momentos de felicidade.

Pra não ter deixado você ir.

Margie.

Pra não ter deixado você me deixar.

Por fim,

Quero que saiba.

Que minha vida tem menos sentido agora.

Sem você.

With Love,

Jun.

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