A liberdade em você

Sinto, sinceramente, que não acabou. Não sei se um dia esse amor chegará ao fim. Pode ser que ele adormeça; ou simplesmente por alguns instantes - que podem durar horas, dias, meses ou anos - ele desapareça. O certo é que hoje, no auge desse sentimento, não sei o que fazer com ele. Não sei mesmo o que fazer por você. O que fazer por mim. O que fazer por nós dois. O que fazer com todo esse sentimento que, mesmo quando aparecem pessoas incríveis em meu caminho - às vezes melhores do que você, mais predispostas a me amar mais do que você - não consigo me desfazer. É difícil, sabe? Carregar tanto sentimento e ver, dia após dia, noite após noite, que ele não vale de nada. Que ele não significa, nem simboliza, nada. Quanto mais o tempo passa, quanto mais você me ignora; quanto mais próximo fico do definitivo esquecimento - por sua parte, claro - mais esse sentimento aumenta. Ainda mais a saudade aperta, destroça, machuca! Quando me surpreendo lembrando-me de cada um daqueles momentos que compartilhamos juntos. Quando escuto cada uma das músicas que embalaram a nossa história. Admito; não me canso de te amar. Não me canso de querer que um dia você acorde e constate que eu sou o cara certo pra você. Apesar disso, já cansei de sofrer, de me auto torturar por alguém que não está nem aí pra mim. Alguém que não está nem aí para os meus sentimentos. Alguém que sequer se preocupa se estou bem, se estou vivo, se estou feliz, se estou "livre", se estou com alguém. Mesmo com todos esses pensamentos, eu sei que esse amor foi o poema mais bonito que eu já escrevi! A história mais linda que eu já vivi. E tenho a mais absoluta certeza de que, quando chegar o momento de minha partida, é o seu rosto que verei como a última imagem em vida. Talvez, depois disso eu te esqueça; finalmente! Ou então, te leve comigo para a eternidade. Quem poderia duvidar que esse amor todo seria capaz de atravessar as fronteiras da vida e voltar em uma próxima? Vencer as barreiras da morte, da dor, do esquecimento? Apenas posso afirmar que aqui, agora, nesse instante, nessa vida, amo você acima de tudo. E não me importaria em não ter nada, se tivesse você ao meu lado. Porque eu não mentia quando dizia que você era meu tudo. Mesmo quando nada eu tinha, era você quem estava do meu lado. Era você quem me fazia feliz. Era você quem me fazia viver. Mas que ironia, não? Agora é também você, quem pouco a pouco, me faz morrer.

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 20/05/2013
Código do texto: T4299738
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