GAIVOTAS... E VOCÊ...

Você me deu gaivotas... leves, brilhantes, coloridas, que pareciam ter vidas. Voavam como se fossem pipas, que voam nas mãos de meninos.

Subiram alto no meu infinito, levadas pela brisa dos meus pensamentos.

Asas abertas diante do meu olhar, que maravilhado, só queria sonhar.

Sobrevoaram estrelas e se encantaram com a luz do luar. Para saciar a sede, beberam o licor dos deuses, pensando em se eternizar... brindaram o primeiro raio de sol e se encantaram com a flor ao desabrochar. Alimentaram-se dos sonhos, nas mãos da vida e voaram... alegres e soltas à cada despedida, e retornavam à noite, em busca de acolhida.

Gaivotas encantadas, como contos de fadas, faziam cirandas nos céus da minh'alma, e eu sonhava, imaginava, idealizava... esperava que elas te trouxessem em suas asas, e me fascinava a simples ideia de que seria por fim amada... porem eram apenas gaivotas... leves, brilhantes, coloridas, mas... de papel.

E choveu o meu olhar...

Molhadas, rasgadas, desbotadas, não puderam mais voar... e se recolheram, sem que você, sequer soubesse as cores que elas traziam por dentro

Não tornaram-se vidas... apenas um triste lamento...

Mas... as gaivotas que você me deu e que você sequer conheceu, mesmo molhadas, rasgadas, desbotadas e sentidas, ah! essas eu guardarei na luz do meu olhar... por toda a minha vida.

SIDNEYA ROSSI
Enviado por SIDNEYA ROSSI em 03/07/2013
Código do texto: T4371032
Classificação de conteúdo: seguro