Cirineu, cara, na boa...

No cotidiano vemos todo tipo de gente. De cabo a rabo, tem gente tanto boa quanto ruim. Mas uma vez aqui no recanto viajei num sonho pois só li e vi gente do mais alto naipe pelo que dizem nos seus textos, comentários, e no respeitoso trato com seus 'iguais' acerca dos seus escritos. Mas eis que me apareceu você, Cirineu.

Pois é Pereira, imaginando se tratar dum crítico literário, tentei acessar informações, pessoais, no seu perfil, mas, não sei por qual propósito, nada há escrito lá a seu respeito. Fui porque no meu há um trecho, singelo sim, mas escrito crendo ser o suficiente que reporte sobre mim uma vez que é esperado que as pessoas possam querer saber um pouco a respeito do “escritor” a quem se está lendo.

Mas, mesmo não encontrando nada além de informações subjetivas, me contentei. Pois opção é poção. E opção não se discute, não se questiona.

Contudo, porque tentei saber a seu respeito? Para vir de quem se trata, posto que se comporta sobre meu método de escrever, como a uma antiga professora, que não se atinha a apenas ensinar sua matéria, matemática, mas a impor também que agíssemos como ela, do andar ao piscar de olhos. Assim como tenta fazer com os ‘simples mortais’ que escrevem aqui, e só o fazem porque vêem nesse ato apenas mais uma forma de devanear ou exprimir seus sentimentos. E por mais nada.

Vi alguns dos seus textos e, como você disse a respeito do fechamento que dei em “Cris”, também detestei o que deu em “Coisas de Casal”, e odiei tê-lo me feito perder tanto tempo lendo aquilo. Mas o que é isso? Apenas uma opinião - que não dei ao pé do texto, como a praxe, porque só comento o que me apraz. Do contrario me calo por respeito aos de opinião contrária que, decerto, escreverão suas impressões naquele espaço, e que afinam com as intenções de quem o escreveu – que, como eu, pode tratar-se apenas dum aventureiro de escritor -, sensibilidade que você jamais teve. Sem se importar se vai agredir ou não. Importando apenas destilar sua excêntricidade.

Em outro texto seu, em que 'sugere' a forma 'correta' de escrever, não me surpreendi ao me deparar com a personificação da pretensiosidade e da arrogância, ao fechá-lo.

Sabe, há uma recantista que diz que não se pode dizer conhecer um escritor, partindo do que ele escreve. No que, em termos, discordo. Posto que, tanto no meu caso, que ponho muito, ou tudo, da minh’alma no que escrevo e onde o faço no afã de, sem tentar impor, alcançar - e por isto convido - as pessoas por entender que poderão aproveitar alguma partícula do ali exposto, quanto no seu, quando, depois de ler muito do que escreveu, assim como das ‘críticas’ em sua maioria, inequivocadamente pejorativas haja-vista seu alto teor de preconceito recanto afora nos textos alheios, conclui que há muito de você neles, como pude ver quando descreve o rapaz que ‘o abordou’ e que queria entrar na boate, em ''um demônio dentro de você'' – este, muito bem elaborado, para ser justo, como disse em meu comentário lá -. Até me flagrei pensando se tratar você, duma caricatura - como disse dos personagens em “Cris” -, de uma das mutações da raça humana ali por mim descritas. E por isto sua reprovação do meu jeito de escrever, travestida em “dicas e 'elogios”, por se ter demonstrado tão incomodado com o conto.

Cara, na boa, caia na real, se não se trata do que digo aqui, faz uma conta aí e me diz qual graça teria o mundo, se todos se soubessem iguais, se fossemos todos intelectuais, ou todos ignorantes, ou todos ricos, ou todos pobres, ou todos mulheres, ou todos homens, ou todos duma mesma raça – como queria Hittler, ou todos Antonio, ou todos Cirineu? (Vixe, ato falho).

Cirineu, Cirineu, aqui há escrevendo – e a grande maioria sem pretensões de tornarem-se escritores profissionais -, de domésticos à cientistas literários – como você se projeta, aliás. No meio temos professores, garis, médicos, catadores de papel (muitos destes têm computador em casa, sabia?), advogados, serventes de pedreiros, políticos letrados, outros não muito letrados (como um que governou a nação por oito anos), enfim, tem de um tudo. Todos que, como você, gostam de mexer com as palavras. Aí, quiçá, não tão bem quanto você.

Olha, sem desmerecer e, em termos, aplaudindo a importância do que diz sobre correção gramatical, ortográfica, ou formatação de textos – o que, reconheço, também me incomoda - mas a depender de quem escreve, preciso registrar que sobre a forma 'correta' de se fazer um conto, crônica, artigos, ou similares, aqui te direi o mesmo que ouvi dum jovem, num desses programas para os que aventuram um lugar ao sol no mundo da música – o que não é o meu caso no literário (apesar de entre os meus negócios está um jornal – mesmo sendo eu um analfabeto acadêmico) -, aos que tentaram humilhá-lo sobre a música que selecionara para cantar, assim com você fez sobre a minha forma de escrever: Estou muito feliz com minha escolha.

Seja feliz dando - e não passe disso, tome juízo - dica de tudo o que puder agregar na seara gramatical e ortográfica - se puder. Mas não desmerecendo a capacidade, limites, preferências, ou estilos da turma. Muito menos com comentários sem sentido, como fez em "Cris" e "O Garçom".

Ah, já ia me esquecendo de, além de adiantar que é perda de tempo responder como critica aos textos dum assumido analfabeto acadêmico, e literário, como eu, dizer do principal já que se propõe a professor da massa: cara, na boa, dizer que confundi, tornando-os iguais, o perfil psicológico dos personagens em “Cris”; e não entender a conclusão do texto em “O Garçom”, além de me obrigar a concluir que você deve é ter se identificado com alguns deles nos dois textos e por isso se aborreceu, a também acreditar que seu intelecto, tal e qual sugere que aconteça com o de ‘escritores’ R. L. afora em suas críticas e textos, também sofre de alguma deficiência...


Olha, e se acaso tiver a pensar em aparecer 'para o chá', que sempre convido o pessoal, nem adianta tentar, por que, para tipos como você, a chaleira emborcada!

- Mas, aqui me coçando todo para que chegue o dia em que venha a escrever: "Cirineu se regenerou (leia-se, resolveu deixar o pessoal em paz)..." - sem querer ofendê-lo.

 
Antonio Franco Nogueira
Enviado por Antonio Franco Nogueira em 19/07/2013
Reeditado em 11/12/2014
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