Vilã heroína


Esta noite meu amigo venho apenas para me despedir.
Despeço-me dos medos, das inseguranças, das incertezas, das angustias, das maldades, das tiranias dessa sociedade.
Apresento-me como uma vilã, a mais nova e talvez ousada de todas.
Torno-me vilã da comunidade que se diz íntegra, que se julga justa, que acredita que traça o próprio caminho.
Aviso que roubarei de toda maldade sua esperteza, de todo sofrimento a dor, de todas as mágoas as lágrimas.
Se preciso matarei!
Matarei as palavras de calúnia, matarei a violencia das ruas, matarei se preciso a própria injustiça apenas para que a verdade somente exista.
Manterei aprisionado; o desprendimento, o preconceito, a desconfiança, o racismo e todo totalitarismo.
E depois de tudo conseguido e confirmado parto.
Vou em busca de novas aventuras mais leves ou talvez o cansaço me vença e eu me aposente, mas antes de tudo espero deixar para o mundo uma linhagem de novos vilões, que lutem para ser quem se é e para que a humanidade seja realmente humana.
Em breve talvez você me veja, ou me reconheça na face das criaturas que povoam ou povoaram o planeta e uma coisa eu te garanto, posso morrer por esse projeto que não ficará só na caneta.
Roberta Krev
Enviado por Roberta Krev em 23/08/2013
Reeditado em 23/08/2013
Código do texto: T4448159
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