Carta a um amigo

Amigo,

Sê vigilante também comigo.

Todas as vezes em que eu manifestar algum gesto, atitude, palavra ou pensamento considerado VIOLENTO, me alerte e me corrija amorosamente.

Não deixe-me, amigo, perder a ternura com as pessoas à minha volta, mesmo àquelas anônimas as quais nos atrevemos timidamente, ou corajosamente chamá-las de irmãs.

Tenho medo, amigo, da violência guardada internamente nas pessoas, no mundo e em mim mesma...

Medo de perder a docilidade, a pureza interna, a compaixão, a virtude de ouvir o outro e recusar colocar-se no lugar deste...

Sê vigilante também comigo!

Eu te peço amigo : Acorde-me todas as vezes em que eu desejar adormecer diante das injustiças...

Impulsione-me amigo ao amor, à fraternidade.

Dá-me tua mão calorosa e ergue-me quando me achares combalida de minha lida... contorcida... doída...

Dá-me teu abraço como um laço delicado a enfeitar um lindo presente.

Dá-me o frescor e a riqueza de uma boa conversa, como versos a me alimentar e afagar minha alma...

A poetizar a vida e sorrir com ela, ou chorar com ela

A filosofar simplesmente sobre a vida e se encantar com ela...

Juntos, mesmo à distância, mas entrelaçados no amor amigo esse mundo se torna mais belo, com menos fel...

Mais calmo, como salmo de alegria...

Mais seguro e confiante na travessia da vida.

Dedicada ao amigo Jair Moisés de Sousa

Patos, 29 de agosto de 2013

18:20hs

Fátima Arar
Enviado por Fátima Arar em 29/08/2013
Reeditado em 14/02/2014
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